Instituto Pensar - Governo anuncia prorrogação, mas corta auxílio emergencial pela metade

Governo anuncia prorrogação, mas corta auxílio emergencial pela metade

por: Nathalia Bignon


(Foto: Divulgação)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou nesta terça-feira (1º) que o auxílio emergencial será prorrogado por mais 4 meses, no valor de R$ 300.

"Agora resolvemos prorrogá-lo [o auxílio] por medida provisória até o final do ano. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do Bolsa Família. R$ 300 reais?, disse o presidente.

O benefício, criado para atender trabalhadores informais que perderam renda em razão da pandemia do novo coronavírus, foi anunciado após reunião do presidente com ministros e parlamentares aliados no Palácio da Alvorada.

Definido em abril, por pressão de congressistas, o governo havia estabelecido três parcelas R$ 600, a serem pagas até julho. Depois, o governo decidiu prorrogar o auxílio por mais dois meses no valor de R$ 600, prazo que agora está se encerrando. Para as novas parcelas, Guedes chegou a defender um valor de R$ 270, mas Bolsonaro insistiu em R$ 300, o que acabou acatado pela equipe econômica.

Na noite da segunda (31), o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia, inclusive, antecipado a informação a aliados Para alterar o valor, hoje em R$ 600, Bolsonaro enviará uma medida provisória ao Congresso.

A extensão da assistência emergencial paga durante a pandemia do coronavírus dará tempo para que a equipe econômica encontre soluções para a ampliação do Bolsa Família, rebatizado de Renda Brasil.

As estimativas feitas em março pela pasta apontavam que o benefício alcançaria até 20 milhões de beneficiários, com custo total de R$ 15 bilhões aos cofres públicos.

Reforma administrativa

Ao lado de ministros, Bolsonaro também informou que a reforma administrativa vai ser enviada ao Congresso até a próxima quinta-feira (3).

"Encaminhar na quinta feira a reforma administrativa. Que fique bem claro, não atingirá nenhum dos atuais servidores. Ela se aplicará apenas aos futuros servidores concursados?, afirmou Bolsonaro.

A reforma administrativa vem sendo discutida desde o início do ano e é uma das principais medidas da equipe econômica para 2020. Com a pandemia, a discussão perdeu força e, no meio político, houve dúvidas se o texto realmente seria analisado ainda neste ano.

A ideia da reforma é alterar regras do funcionamento da máquina pública. A equipe econômica argumenta que a medida vai cortar gastos e aumentar e eficiência do governo.

Com informações da Folha e do G1



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